quarta-feira, 24 de março de 2010

A mão que aponta, a perna que manca.

Dificuldades são passageiras, não podemos nunca perder o sentido da vida e a bússola que nos guia rumo ao horizonte da salvação: A Fé!

A mesma Fé que foi motivo de muitas guerras tanto entre nações como em famílias e amigos, porém a Fé na verdade, a Fé em nosso amado pai nos liberta das entranhas da alma que nos prendem ao passado, aos medos, as angústias e a todo sentimento contrário ao bem. A humildade deve sempre ser para nós como o ar é importante para o ser humano.

Sejamos sim considerados loucos, insensatos, desprezíveis aos olhos dos outros, mas nunca perante o nosso pai amado que tudo vê a todo o instante, abandonemos nossos vícios e por que não dizer abandonar o que nos é importante se isso é motivo de atraso espiritual para nós? Deus tem planos para todos, mas para tudo isso funcionar precisamos sempre ter vontade de realizar estes mesmos planos, nada cai do céu, por isso a máxima que Jesus disse ainda está muito atual:

"Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno." – Mateus capítulo 5, versículo 29 a 30

Claro que Jesus disse isso tudo de modo figurado, porém se o vício que você meu irmão ou irmã tem em falar demais da vida dos outros, for motivo de queda para você, por que não abandonar ao invés de retornar em outras épocas sendo a vítima de uma fofoca assim. Ou quem sabe você meu amigo que tem vícios como cigarro e bebida, por que não abandonar isso e gostar mais de si mesmo e parar de preencher esse vazio interior com estes vícios que só te afastam cada vez mais de sua melhora?

Então amigos, o que é motivo de queda para ti? Quem sabe não economizaremos anos, décadas e séculos tomando uma atitude positiva em relação a nossa vida, abandonando vícios que só nos deturpam do bem.

Fiquem na paz de Deus,

Marcello

terça-feira, 23 de março de 2010

Até quando a incompreensão?

Sou Paulista, moro no centro da capital e tenho 22 anos, sendo pouco mais de Cinco anos freqüentando a Umbanda como religião. Sempre tive a impressão e o sentimento de que algo que eu tinha devia ser feito e que a cada dia estava se aproximando, como se fosse algo de mim que precisava ser trabalhado e usado, isto por intuição veio sendo me passado ao longo dos anos. Desde pequeno minha relação com os espíritos e mediunidade foi em épocas considerada normal e em outras turbulentas e me causando muito medo. Com 6 anos de idade já tinha a “clarividência” vendo e ouvindo muitas coisas, sonhos reais que hoje sei que eram viagens astrais e inclusive um dos mentores que trabalha comigo e sei que me acompanha hoje em dia, sempre o via a noite na porta do meu quarto... Enfim, algo grande me esperava.

Não sei ao certo quantos anos tinha na época, mas quando era pequeno fiz a catequese, pra mim uma besteira ao quadrado, pura perda de tempo. Primeiro que eu não queria, mas enfim, meus pais são católicos e nesse País quase que obrigatoriamente os filhos seguem a religião dos Pais, meu pai nem fazia questão eu tenho certeza, porém minha avó como uma católica extremamente conservadora acabou fazendo com que seus filhos também fossem não no mesmo grau, mas enfim, essa visão limitada sobre espiritualidade e alguns pré-conceitos ainda são bem sólidos até hoje, e mesmo por que se não fizesse a catequese eu não saberia quem era Jesus e não seria aceito no céu com minha “alma limpa”, isso me dá muita vontade de rir, mas na época não tinha nenhuma vontade de rir. Todos os sábados as 8h00 deveria estar na igreja do meu colégio para freqüentar ao curso de catequese, tão interessante era para mim este curso que eu só fui aprender como se consultava uma bíblia no dia do catecismo. Após essa “iniciação” forçada e sem nenhum retorno á altura, resolvi desistir de religião alguma. Eu pensava que não tinha nenhum mal, afinal nunca vi meu pai rezando ou indo a alguma igreja orar, acender uma vela, nada e ele sempre viveu muito bem. Como ele mesmo diz: “Eu acredito em mim, não preciso ficar indo em igrejas ou centros.” Como eu queria ser assim, parece que tenho uma sarna dentro de mim rsrs...

Creio que a minha experiência com religião e espiritualidade só começou realmente aos 16 anos de idade, um amigo meu tinha ganhado um livro do Calunga (mentor espiritual de Luiz A. Gasparetto), na época e para a nossa formação (já que ele estudava no mesmo colégio que o meu) isso foi um holofote no meio do escuro para ele, e consequentemente para mim. Lembro até hoje, o primeiro livro “espírita” que li foi do Calunga (Fique com a Luz) que inclusive está na minha cabeceira de cama e inclusive re-lido muitas e muitas vezes, coitado está até cansado rs. Realmente estava de frente com algo bem fabuloso, comecei a freqüentar o espaço da família Gasparetto (Espaço Vida & Consciência) e assisti até umas palestras-curso do Luiz A. Gasparetto, tudo muito novo e muito eficiente para mim, afinal era um modo totalmente diferente de ver a vida, Deus, os espíritos e até mesmo o fator da prosperidade profissional! Quando chegávamos a palestra, recebíamos um passe em uma câmara antes do locutório, era a primeira vez que estava recebendo um passe. Como me sentia bem! Era um passe feito pelo médium trabalhador do grupo (tinham muitos) e ao mesmo tempo o Luiz A. Gasparetto estava andando no meio das filas onde estávamos sentados e falava algumas palavras para imaginarmos etc. Estava usando um método muito eficiente de limpeza e alteração da nossa aura espiritual, através do passe do médium e do poder da nossa mente, da nossa imaginação aliado a cromoterapia para afetar o campo espiritual. Só sei que no primeiro dia que recebi este passe eu desmaiei sentado e não conseguia mexer nem um dedo da minha mão, e ainda quando pensava em meu braço ele estava tremendo sem eu mexer, pois estava de olhos fechados. Alguma coisa estranha tava acontecendo, e nessa época apesar de ter parado um pouco as visões que tinha, eu estava vendo tudo e mais um pouco nessa hora. Luzes e mais luzes voando bem rápido de um lado ao outro, pessoas que eu sabia que não eram nem um pouco de carne e osso, muito doido isso tudo, tudo que um adolescente de 16 anos quer.

Depois que terminou a rotina de palestras, acabei não voltando mais no Espaço Vida & Consciência por que é muito longe de casa para ir de ônibus e voltar meia-noite ou mais tarde andando do Terminal Princesa Isabel aqui no Centro, além do que os cursos passaram a ser mais caros e não pude arcar. Então depois disso, fiquei algumas semanas sem praticar novamente minha espiritualidade, mas sabia que alguma coisa estava diferente em mim, afinal agora tomava consciência das leis universais que regem o espírito e os seres vivos, tinha tomado consciência do que era um passe e como me sentia bem. Bom, resumindo, fiquei com a pulga atrás da orelha e então fiquei com uma coisa martelando na minha cabeça: “Preciso encontrar um Centro Espírita para freqüentar”. O que nunca me dei conta é que sempre que acontece isso comigo, de ficar alguma coisa fixa na cabeça martelando, eu acabo querendo ou não atraindo isso para mim, não sei como funciona se sou eu ou os espíritos que fazem isso na minha cabeça, mas nunca falhou e isso é o que importa rsrs... Demorou 5 dias e numa tarde resolvi sair de tarde e dar uma volta pelo bairro, no caminho encontrei 2 Centros Espíritas, na época nem sabia o que era Umbanda ou Candomblé pois nem sabia ao certo como identificar um Centro Espírita Kardecista. Bom, no domingo acabei indo a um dos Centros, um senhor super gentil e atencioso me recebeu e fiquei conversando com ele, gostei muito da conversa e acabei comprando um livro: “O livro dos Médiuns – Allan Kardec”. Hoje tenho a mesma opinião da época, este definitivamente não é um livro feito para médiuns, e sim para um Romano ou alguém da época de Jesus Cristo, meu Deus como é difícil esta leitura! Isto já me deixou desanimado com o Espiritismo, não tinha nenhum estímulo a ler esse livro, e até hoje me pego sofrendo para ler com certa cronicidade os livros de Kardec a não ser o Evangelho Segundo o Espiritismo, que uso de base para o Evangelho no Lar que faço todas as semanas em casa.

Bom enfim, acabei não indo a este Centro e resolvi passar em frente ao outro que encontrei no final de minha rua, se chama Centro Espírita Maria de Nazaré. Na época achei muito legal o Centro, e diferente também, muito diferente de um centro espírita kardecista. Quando entrava no centro, recebia a palestra (uma leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo) e depois recebíamos a explicação da passagem do Evangelho do dia, depois havia uma pequena troca de idéias e em seguida íamos tomar o passe na câmara com os trabalhadores. Até ai tudo bem, se não fosse um quadro com pintura de um índio na parede, e os gritos de um índio guerreiro no fundo do centro, aliás, um grito que se eu fosse algum espírito obsessor eu dava meia volta e ia embora. Sim, isso ocorre muito no Brasil e no mundo essa mistura entre Espiritismo/Umbanda, é a famosa Umbanda Branca, apesar de que não concordo nem um pouco com isso, pois Umbanda não tem cor, não é negra nem rosa nem nenhuma cor, Umbanda é Umbanda e pronto! Porém todos os mentores dessa casa são índios, caboclos, pretos-velhos, têm um médico alemão e um padre também. Eu não estava entendendo nada, mas aos poucos e com o passar do tempo fui me enturmando ao centro e acabei tomando consciência do por que disso tudo. A dirigente do centro sempre repetia: “Gente eu estou no Brasil, não posso ficar imaginando que devo somente receber os mentores da época de Kardec, médicos, franceses, alemães, etc.” Concordava totalmente com isto, e para mim pouco importava, pois estava gostando muito deste centro afinal estava aprendendo bastante com a doutrina espírita kardecista e tomando os passes, estava tudo ótimo. Lembro de na época ainda realizar um curso de algumas semanas sobre Passes magnéticos, até queria entrar como trabalhador passista e na época fiz o curso, porém acabei saindo deste centro, pois comecei a perceber o que acontece em todas as casas: Orgulho. Isso já bastou pra que eu saísse do centro e fosse procurar outro.

Daí em diante foi uma epopéia em busca do “Centro perfeito” hahahaha coisa que até hoje não encontro, infelizmente.

Ao final de 2008 meu irmão e melhor amigo sofreu um acidente de moto, ele não estava drogado nem bêbado, pois estava apenas 50m da casa dele voltando da faculdade para ficar com sua filhinha de pouco menos de Um ano, foi atingido por um carro e arremessado em outro carro na pista e depois jogado de volta para sarjeta aonde teve traumatismo craniano e fraturas em todos os ossos do corpo, menos na coluna vertebral. Ficou em coma Oito meses e desencarnando por decorrência de uma parada cardíaca após a operação de implantação de um aparelho de marca-passo, enfim, chegou a hora dele eu creio... Mas ao longo desse tempo foi muito sofrimento para eu lidar com isso, estava sendo colocado á prova intensa, uma vez que a gente nunca pensa que Justo conosco vai acontecer estas coisas não é mesmo?

Na época eu freqüentava um centro, no final do trabalho o mentor da casa usou de psicofonia na médium e que me recordo as palavras que foram ditas, algumas me chamaram muita atenção, “Querido amigo, sabemos da sua angústia e sofrimento que está passando pelo teu irmão querido, sabemos da sua indecisão e de suas guerras interiores, é digno o seu pensamento de caridade para com este irmão um sentimento nobre, porém mais dia, menos dia, está chegando a hora de cumprir com a nova etapa da sua missão aqui nesta encarnação, missão esta que levará você a fazer caridade a muitas e muitas pessoas que nem fazes idéia que existam. Não tenhas medo, pois em horas com medo intenso e remorso, não conseguimos nem nos aproximar para aliviar sua lágrima interna que tanto lhe maltrata. Não somos um como pensas, somos muitos, e queremos apenas ajudá-lo em sua caminhada nesta seara bendita. Fique na paz de Jesus Cristo, fé!”

Não sabia se chorava ou se pensava e digeria tudo que tinha acabado de ouvir e presenciar, estava em um tratamento de obsessão nesta época e a própria dirigente do centro disse que ela e mais alguns médiuns desdobrados não conseguiam identificar nenhum espírito necessitado junto de mim e que isso apenas poderia ser indícios da minha mediunidade aflorando, paralelo a isto tinha feito um extenso tratamento médico ortomolecular onde após vários exames, ficou constatado um nível de energia muito alto em meu corpo físico e espiritual, para quem conhece esse tipo de tratamento médico sabe do que falo o médico trata o paciente do modo certo: Holisticamente, corpo e espírito são.

Era chegada a hora, não tinha mais dúvidas uma vez que sempre que ia conversar com uma preta-velha no centro, ela me contava que iria vestir branco logo e que tinha um caboclo forte e mais um monte de gente comigo. Eu não conseguia aceitar a idéia de que existia mais de um mentor por pessoa, minha vivência espírita aceitava apenas um mentor ou anjo-guardião, talvez por isso o mentor que utilizou de psicofonia no centro disse que “somos muitos”.

O tempo foi passando e essas idéias não saíam da minha cabeça, sempre fiz o evangelho no lar desde que comecei a frequentar centro espírita e mantive o ritual mesmo quando comecei a frequentar a Umbanda, e posso dizer que aprendi muito nesses estudos do evangelho, apesar de fazer “sozinho”, mas uma mãozinha do plano espiritual era sempre bem vinda rsrs.

Vendo um filme uma vez, acho que era o filme do Homem Aranha, em uma cena é dito: “Grandes poderes requerem grandes responsabilidades”. E no espiritismo li muitos livros e dizem que espíritos com certa elevação passam por duras e penosas provas, bom não sei se tenho essa elevação moral e espiritual, não gosto de me por nesta situação mas alguma coisa estava sendo colocada a prova, tive problemas na faculdade onde acabei atrasando 1 semestre de estágio por conta de uma intoxicação alimentar que peguei, perdi 10kg em apenas 3 dias e 1 ano inteiro de saúde intestinal. Depois veio o caso do acidente do meu amigo e logo depois sofri um “acidente” aonde fraturei o tornozelo (mais especificamente a fíbula) e novamente tive que trancar a faculdade. Coloquei entre aspas, pois esse acidente foi uma coisa muito besta, caí dentro de um buraco na casa de um amigo meu, simples, porém me mostrou muitas coisas na vida, aprendi com meus erros e aprendi na humildade e simplicidade as coisas que não estava enxergando, segundo um amigo a parte esquerda do corpo é relacionada com homem e a direita com mulher, eu estava parado com uma situação pendente com um homem há muito tempo e não conseguia resolver, bom a carapuça serviu e depois vim, a saber, quem era. Como diz um ditado, ou vai pela inteligência ou pela dor. Cansei de ver quantas vezes fiquei doente por conta das minhas atitudes perante a vida e também pelo espiritual é claro.

E para agravar mais o caso, eu iria começar um novo estágio na segunda-feira em um hospital conceituado em São Paulo e sofri esse acidente na sexta-feira. Como sempre prefiro ser otimista antes de ter um pesamento negativo, eu achei que conseguiria recuperar meu pé em 15 dias, pois até ai a supervisora do estágio disse que conseguiria segurar. Mas não teve jeito, as palavras do doutor foram secas e claras: “Tem que operar Marcello, senão você vai ficar defeituoso.” Bom não tinha escolha, eu acho que encarei numa boa, não fiquei com medo da cirurgia e tive confiança em Deus e em mim. Minha mãe em horas de estresse como essas fica nervosa e irracional, então queria processar o dono da casa aonde sofri esse acidente, matar o sujeito e tudo mais... Pura besteira, quem queria tudo isso era o Orgulho dela por que o Brasileiro tem essa mania mesmo de pegar alguém como culpado, como não tinha ninguém vai o dono da casa mesmo! Hahahhha que piada rs...

Bom, fiz a operação e depois no retorno com o médico ele me disse: “Marcellão, vai ficar uns Seis meses pra voltar ok?” Eu falei: “Seis meses não doutor, antes disso eu vou ficar recuperado.” Eu sempre acreditei na força de Deus, na minha força e na força do pensamento, então sabia que eu estaria recuperado muito antes de Seis meses, eu me conheço, então enquanto minha mãe estava no drama de que teria que fazer não sei quantas seções de fisioterapia e mais um monte de meses parado, eu já estava com a idéia na minha cabeça aceita de que: “Eu estou perfeito, vou voltar a andar o mais rápido possível .”
Bom fato é que em 20 dias após a cirurgia meu osso já estava calcificado e eu estava dando os primeiros passos, depois disso foi mais 15 dias pra começar a andar de vez, pra quem iria andar somente em 6 meses isso foi bem rápido né? Heheheheh

Mas ai começa a parte mais interessante da história, em uma das ultimas seções de fisioterapia um amigo meu me ligou e me chamou para conhecer um centro de Umbanda, era o dia de comemoração dos pretos-velhos na Umbanda e eu estava sabendo disso, então resolvi ir pra conhecer. Entrei lá com a minha bota ortopédica e ainda mancando, era uma quarta-feira e nesse dia esse centro atende com todas as linhas (Caboclo, preto-velho, criança, pajelança, corrente médica, ciganos, corrente egípcia e esquerda), teria que marcar com antecedência e tinha uma taxa de cobrança de R$ 10,00 por cada pessoa, para se consultar com a entidade, eles alegam que os custos da casa são muito altos e precisam desse auxilio para ajudar a pagar as contas, a casa realmente é muito grande e tem muitas despesas, não vou entrar no mérito da cobrança por que fica antiético dizer o que acho aqui, mesmo que seja uma posição positiva a respeito disso.

Fato é que o primeiro dia que se vai a uma quarta-feira é necessário passar primeiro com o mentor da casa para só na próxima semana passar com a entidade da linha que quiser. Achei bem diferente a casa, pois uma pessoa defumava antes dos trabalhos, mas não se cantava pra defumar, e depois não tinha nenhum curimbeiro ou ogã, a casa tinha atabaques, mas ninguém toca. Era feito uma leitura do Novo Testamento e logo em seguida o pai da casa falava ao microfone para a platéia da assistência, gostei bastante da visão do dirigente da casa a respeito de espiritualidade e logo em seguida da fala era colocado um CD de músicas xamãnicas aonde o mentor espiritual da casa incorporava em seu médium, no caso o dirigente. Senti uma energia muito forte e vi muitas coisas junto, creio que por que era o dia de todas as linhas então vi muitas luzes, muitos espíritos mentores juntos. Mas o que importa é que fiquei com o sentimento de bem.

A fila era longa e minha senha era a de número 33, fiquei sentado esperando ser chamado pra consulta e quando chegou minha vez o mentor da casa olhou pra mim, acenou com a cabeça em um tom de positivo e eu fui a sua direção, chegando de frente pra ele não sabia como cumprimentá-lo então fiquei meio sem saber o que fazer, ele me respondeu sem eu falar nada: “Demorou, mas chegou né fiote? Vem aqui e vamos conversar por que temos muito que falar.” Nisso ele puxou um toco de árvore e eu sentei sem entender isso “Como assim muito que falar? Caramba to tão ruim assim?” hahahahaha... Mas enfim, acho que até hoje foi uma das melhores conversas que tive com alguma entidade incorporada. Meu Deus, cheguei até a pensar se esse mentor não era um tipo de agente investigador por que foi falado coisas da minha infância, adolescência e coisas que estava passando no momento. Como nessa época meu irmão ainda estava em coma e eu sempre pedia um auxílio, um pedido de cura pra ele, quando comentei a respeito dele para o mentor ele simplesmente pediu para fechar os olhos e colocou a mão em cima deles e começou a assoviar. Daí em diante não lembro e não vi mais nada, quando voltei em mim, este mesmo mentor estava falando: “Energia forte né fiote? Tudo tem sua hora.” Eu tinha incoporado sentado, tinha só sentido uma energia? Não sei, tive que perguntar isso depois pra uns amigos que foram comigo no dia que me relataram que eu fiquei tremendo sentado indo de um lado para o outro e mudando a feição do rosto, detalhe: Eu ainda estava com a bota! Hahahahahaha...
Mas o melhor mesmo foi a sensação de bem-estar, de plenitude e paz que fiquei após “isso” que passei, muito bom mesmo, me sentia vivo e com Deus e eu sendo um só! Não sei se foi só comigo isso ou tive sorte, mas neste dia fiquei 40minutos conversando com o mentor da casa, depois mais tarde acabei indo em todos os trabalhos da casa, conhecendo todas as linhas e depois foi convidado e entrei para a corrente mediúnica.

Mais tarde vim a ser convidado a colocar a ficha dos meus mentores na porteira da casa, pra que assim os mentores que trabalham comigo pudessem atender as pessoas que quisessem passar com eles, fiquei feliz na época, mas admito que foi tudo muito precipitado. Não vou entrar em detalhes nem opinar a respeito de preparo dos médiuns nem a organização da casa por que não tenho motivos para fazer isso, se eles continuam abertos e fazendo o bem então está dando certo não é verdade? Fiquei nesta casa até Janeiro de 2010 onde fui somente a 2 dias e nunca mais voltei, aconteceram algumas coisas que me deixaram muito triste com a casa, descobri algumas coisas e pesei na minha balança de Ética que tenho e resolvi sair com a consciência limpa de que fiz uma boa escolha, afinal quando você está em um lugar aonde não se sente mais bem e não faz mais o trabalho com aquele sentimento de bem-estar que experimentei no primeiro dia que pisei na casa, então não era mais ali que eu deveria estar.

Bom hoje eu estou seguindo um caminho, mas não carece entrar em detalhes, só sei que há muito que fazer, sempre!

O que gostaria mesmo, de verdade, era um maior apoio da parte da minha mãe. Sou muito resolvido com relação a alguns sentimentos, nunca me queixei de estar precisando de alguma coisa sentimental que estava faltando, mas o respeito é muito importante e nunca é de mais.

Uma coisa que vejo com muito pesar e tristeza é a falta de conhecimento e estudo que atinge muitas pessoas que se dizem Espiritualistas, adoro uma frase de um livro do médium Robson Pinheiro que diz: “É preciso Kardequisar o meio espírita.” Kardec tinha um espírito desbravador, investigativo enorme! E existe uma frase dele que tenho como minha guia: PARA BEM CONHECER UMA COISA, É NECESSÁRIO TUDO VER, TUDO APROFUNDAR, COMPARAR TODAS AS OPINIÕES, OUVIR OS PRÓS E OS CONTRAS, ESCUTAR TODAS AS OBJEÇÕES, E FINALMENTE ACEITAR O QUE A MAIS SEVERA LÓGICA PODE ADMITIR.” – ALLAN KARDEC, REVISTA ESPÍRITA 1866

Creio que antes de entortar os olhos para Umbanda, que é uma religião 100% brasileira que existe desde 1908 e que completa neste ano de 2010, 102 anos de religião, deveríamos investigar tudo, desde como surgiu até as mudanças que pode promover na vida de uma pessoa. Digo que é uma religião brasileira por que realmente surgiu aqui nas terras brasileiras, não é, por exemplo, igual ao Catolicismo que veio de épocas remotas, ou o Espiritismo que veio da França, o Protestantismo que também veio de fora. Não a Umbanda tem várias vertentes, mas a mais aceita e é o que vamos tomar por base neste texto é a fundação em 1908 pelo médium Zélio de Moraes na época com 17 anos, em Niterói-RJ. Fico triste pois vejo como tremenda burrice ainda pensar que uma entidade que se denomina Exú é o diabo, em outros países e comunidades Exú é visto como um ser da luz, um amigo que está sempre com você em todos os momentos da vida, é o guardião espiritual dos templos, cidadãos, vejo ele como um soldado que presta contas aos delegados e superiores. Exú é um grande trabalhador da lei divina, atuando nas trevas aonde ninguém entra. Agora simplesmente definir que Exú é bêbado por que usa bebida, viciado em tabaco por que fuma charuto, e ainda é diabo é no mínimo jogar todos os fundamentos e conceitos de 102 anos no lixo. A bebida, o charuto, a vestimenta e a apresentação espiritual têm um por que. O dia que as pessoas pararem com pré-conceito e decidirem entender realmente e estudar o porquê de cada coisa, vão entender assim como eu e muitos irmão entendem.

Enquanto isso fico orando sempre a Deus por este mundo, vou seguindo devagar e também pedindo é claro, por que devemos sempre pedir mas com prudência e bom-senso, vejam este trecho do evangelho de Mateus:

Mateus Capítulo 7, versículo 7 a 11.
"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate abrir-se-lhe-á. E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?"

Mais explicado que isso não existe, vamos pedir e ter fé nisto que iremos receber muito mais do que precisamos, pois Deus sabe de todas as nossas aflições e necessidades, e pedir não faz mal a ninguém, mas como disse creio que devemos pedir com prudência e bom-senso.


Abraços fraternais a todos os irmãos fiquem com Deus!
Marcello